Na última terça-feira, autoridades municipais e professores de Águas de Lindóia que atuam nos 1ºs, 2ºs e 3ºs anos do Ensino Fundamental, estiveram reunidos no Salão Paesággio do Hotel Vacance para a solenidade de abertura do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que tem como objetivo assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.
A primeira palestra da noite foi ministrada pela professora da Faculdade de Educação da UNICAMP e Coordenadora Geral do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa na Universidade, Ana Lúcia Guedes Pinto. Ela esclareceu que o Pacto Nacional é um acordo formal assumido pelo Governo Federal, estados, municípios e entidades para firmar o compromisso de alfabetizar crianças até no máximo, 8 anos de idade, ao final do ciclo de alfabetização.
A palestrante explicou também que se trata de um projeto que prevê a formação continuada de professores alfabetizadores e de seus orientadores de estudos; o envio de materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais por parte do Governo Federal; avaliações sistemáticas; gestão, controle social e mobilização social.
“As diretrizes no pacto pautam-se no direito do ser humano em ser alfabetizado, garantindo a acessibilidade e remoção das barreiras à aprendizagem; a avaliação da aprendizagem numa perspectiva formativa; a gestão participativa, integração da família e comunidade, serviço de apoio especializado, currículo multicultural e professores com formação crítico-reflexiva”, destacou a professora.
“Letras, textos e gêneros: os desafios da alfabetização no século XXI” foi o tema da palestra seguinte, apresentada pelo professor, graduado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2002) e mestrado (2005) e doutorado (2009) em Lingüística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas, Clécio Bunzen. O professor iniciou sua fala fazendo uma reflexão sobre “como se ensina”. “Por muito tempo refletiu-se apenas sobre este questão, mas após os estudos realizados por Emília Ferreiro, passamos a questionar também sobre “como se aprende”, e desta forma a criança tornou-se o centro do processo de aprendizagem”, salientou.
Clécio discorreu ainda sobre o papel fundamental do professor como mediador da aprendizagem e parceiro mais experiente no processo. Ele levantou várias questões para reflexão, tais quais: a evolução tecnológica e as implicações no processo de aprendizagem, o fato da escola ter o dever de se constituir um local onde ocorram experiências múltiplas que possibilitem ao aluno adquirir instrumentos necessários para atuar como um cidadão de fato e de direito e a urgência em possibilitar o acesso e o domínio dos alunos aos mais diversos gêneros textuais que circulam pela sociedade.
Ao final, o professor citou vários exemplos de práticas conscientes que consideram o aluno como sujeito. “A escola não é mais um local de transmissão de saberes e sim de produção de saberes”, finalizou.
Participaram da solenidade o vice-prefeito Águas de Lindóia, João Eduardo de Morais; o diretor de Educação, Eliel Marcos Fernandes; o assessor de Cultura Luiz Fillipe de Carvalho; o Presidente da Câmara Municipal, Nárcio Cavalieri; o vereador Reginaldo de Lima; a Supervisoras de Ensino e Coordenadora do Pnaic, Luciane Malachias de Oliveira; a Supervisora de Ensino e Orientadora do Pnaic, Leila Bernardi Silva; a Supervisora de Ensino, Rosana Ap. Silva além de autoridades das cidades de Lindóia e Serra Negra.
POR BERNARDO SILVA
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